Vistoria flagra
precariedade no Hospital Municipal de Soure, no Marajó
MPF diz que
condições precárias colocam em risco moradores da região. Hospital é o único a
atender a população da cidade e ainda recebe demanda de outros municípios.
Uma vistoria realizada pelo Ministério Público Federal
(MPF) flagrou a precariedade das condições do Hospital Municipal Menino Deus,
localizado em Soure, no arquipélago do Marajó. Mofo pelas paredes, climatização
insuficiente, vidros quebrados, banheiros precários, equipamentos defeituosos
foram apenas alguns dos problemas encontrados no rédio.
Segundo o MPF, o hospital é o único
para atender a população de Soure e ainda recebe a demanda de outros municípios
próximos, fazendo atendimentos básicos de urgência e emergência, assistência ao
parto normal, cesarianas, histerectomias e outras cirurgias de menor
complexidade. Em casos mais graves, os pacientes têm que ser removidos de balsa
para Belém.
O relatório aponta que em Soure
existe apenas uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu), por isso, quando há uma remoção de paciente para a capital, a cidade
fica sem transporte para doentes. O Hospital Menino Deus conta com uma
ambulância própria, mas que está parada desde 2014, aguardando conserto.
Outro problema é o calor em quase
todas as áreas do hospital. As enfermarias para mães no pós-parto, para homens
e para crianças não são climatizadas, nem a farmácia, o laboratório e a sala
das enfermeiras. Até no centro cirúrgico a climatização é deficiente. Na sala
de partos e na sala de cirurgias apenas um ar condicionado funciona, não sendo
suficiente para manter os ambientes na temperatura adequada.
Há problemas ainda com equipamentos
quebrados, como a única incubadora para prematuros ou a estufa para
esterilização na área de emergências, além da carência de leitos, sobretudo na
pediatria e para mulheres no pós-parto.
Por G1 Pará.
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