Rádio Rural fm do marajó.

Paraenses ganham Mega-Sena acumulada e Quina de São João.



 Paraenses Ganham na Mega-sena acumulada e quina de são joão.
Dois paraenses são os novos milionários após acertarem os jogos da Mega-Sena e Quina de São João, na noite de sábado (23). Os vencedores são de Marabá e Belém e ganharam R$ 9.627.559,21 e R$ 20.843.799,43, respectivamente.
Mega Sena
O sorteio de 2.052 da Mega-Sena ocorreu às 20h (horário de Brasília) de sábado (23), em Campina Grande (PB), e o prêmio estava acumulado havia seis rodadas. Os números sorteados foram: 50 - 51 - 56 - 57 - 58 – 59. Os ganhadores são de Salvador (BA), Maranguape (CE), Marabá (PA) e Canoas (RS). Eles dividiram o prêmio de R$ 38.510. 21.
Quina de São João
Também na noite de sábado (23), seis apostas acertaram os cinco números da Quina de São João e dividiram o prêmio de R$ 125.062.796,58. Os outros ganhadores são de Brasília (DF), Vila Velha (ES), Rondonópolis (MT), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Os números sorteados foram: 03 - 29 - 33 - 53 – 69.
TIMEMANIA
Nenhum apostador acertou as sete dezenas do concurso 1.196 da Timemania. Os números sorteados neste sábado (23) foram os seguintes: 19, 24, 26, 47, 53, 54 e 70. O time do coração é o América/MG. O prêmio estimado para o próximo sorteio, no dia 19, é de R$ 8,25 milhões.
Confira o rateio oficial:
7 números acertados - Não houve acertador
6 números acertados - 4 apostas ganhadoras, R$ 29.609,69
5 números acertados - 226 apostas ganhadoras, R$ 748,66
4 números acertados - 4123 apostas ganhadoras, R$ 6,00
3 números acertados - 39307 apostas ganhadoras, R$ 2,00
Time do Coração - América/MG - 10797 apostas ganhadoras, R$ 5,00 
DUPLA-SENA
Uma aposta acertou as seis dezenas do primeiro sorteio do concurso 1.804 da Dupla-Sena. O sortudo de Cruz das Almas (BA) vai receber o prêmio de R$ 1.107.971,81. Os números sorteados neste sábado (23) foram os seguintes: 1º sorteio – 13, 19, 25, 30, 42 e 48; 2º sorteio – 13, 15, 21, 43, 44 e 47. O prêmio estimado para o próximo sorteio, no dia 26, é de R$ 200 mil.
Confira o rateio oficial:
Premiação - 1º Sorteio
Sena - 6 números acertados - 1 aposta ganhadora R$ 1.107.971,81
Quina - 5 números acertados - 22 apostas ganhadoras R$ 1.649,48
Quadra - 4 números acertados - 646 apostas ganhadoras R$ 64,19
Terno - 3 números acertados - 10933 apostas ganhadoras R$ 1,89
Premiação - 2º Sorteio
Sena - 6 números acertados - Não Houve ganhadores
Quina - 5 números acertados - 10 apostas ganhadoras R$ 3.265,97
Quadra - 4 números acertados - 519 apostas ganhadoras R$ 79,90
Terno - 3 números acertados - 10034 apostas ganhadoras R$ 2,06
FEDERAL
A caixa divulgou os números do concurso 5.295, realizado neste sábado (23), em sorteio em Campina Grande, na PB.
1º bilhete - 66718 - 1.350.000,00
2º bilhete - 06391 - 20.000,00
3º bilhete - 40553 - 18.000,00
4º bilhete - 19871 - 17.000,00
5º bilhete - 39192 - 15.008,00
(Diário do Pará)

UNIP/ Poló São Sebastião da Boa Vista processo seletivo 2018.3

UNIP/ Poló São Sebastião da Boa Vista processo seletivo 2018.3

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Água contaminada causa morte no Marajó.

Água contaminada causa morte no Marajó

Pastoral denuncia abandono de idosos e crianças, sofrimento e morte

Há seis anos, Iranilda Ferreira coordena a Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa da Prelazia do Marajó. Atuando em dez paróquias situadas em nove municípios (Soure, Salvaterra, Bagre, Breves, Melgaço, Portel, Anajás, Afuá e Chaves), faz visitas voluntárias às famílias. “As doenças e as mazelas no Marajó são grandes. Nosso Marajó tem uma beleza natural deixada por Jesus. Mas, por trás dessa beleza natural, tem-se a dor, o sofrimento e o abandono, em especial das crianças carentes e dos idosos”, disse. “Muitas das vezes, essas doenças levam nossas crianças e idosos a óbitos. Isso é muito triste para nós, que trabalhamos, pregamos e lutamos por uma vida digna para as crianças e os idosos”, contou.

Segundo Iranilda, a diarreia, o vômito e as verminoses matam, todo ano, “um número elevado de crianças. E a causa disso é a água. No Marajó, não temos água de qualidade. Nosso povo não tem uma água a que, por lei, teria direito. Todo ano, a gente vem lutando, vem falando, pedindo para que nossos governantes vejam um projeto para que em cada município haja água de qualidade para o nosso povo. Já perdemos várias crianças por causa de diarreia e vômito. E a causa maior deste problema é a água (a água dos rios é muito poluída). A falta de esgoto. A falta de responsabilidade de nossos governantes. A falta de respeito com a vida humana”. Iranilda Ferreira disse que, cada vez mais, aumentam os casos de malária. “No município de Bagre, esse ano foi alarmante. Preocupante pra gente que visita as famílias todos os meses. A gente que vai de casa em casa, visitando e orientando. E vendo aquelas crianças com malária. Grávidas perdendo seus filhos por essa doença. E aí fica o nosso ponto de interrogação: qual a preocupação dos nossos gestores municipais com o povo marajoara? A doença cada vez mais chegando, cada vez mais matando, cada vez mais fazendo o povo sofrer. E um povo doente não é um povo feliz”.

A coordenadora das pastorais disse ser preocupante o fato de, muitas vezes, não ter remédios para os pacientes. “Na maioria das vezes, ou quase todas as vezes, os nossos ribeirinhos moram muito longe das cidades. E, nos interiores, os postos de saúde são raridade. Tem local que a gente encontra onde a família nunca foi a um posto de saúde. Sobrevive com remédio caseiro e pela sua fé - de suplicar ao senhor a saúde. E onde está todos aqueles que são responsáveis pela vida? Pela vida que devemos cuidar. Zelar por crianças e idosos”, contou. Em Melgaço, disse, o problema é a raiva humana. “Perdemos crianças. Vidas que deveriam ser preservadas. Esperamos uma resposta. Ficamos à luta de ver como se deve fazer, o que se tem que fazer. Os líderes das pastorais da criança e da pessoa idosa ficam preocupados. Muitas vezes, ficamos de mãos atadas, pois o nosso povo é carente, mora longe da cidade. Se, na cidade, a saúde, a educação e a assistência já estão precárias, imagina para os ribeirinhos. Muitas vezes, para chegar no município, são 24 horas de viagem. Quando adoecem, não chegam com vida na cidade”, contou.

E acrescentou: “É preocupante. A minha luta, a luta do Dom Evaristo (Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da Prelazia do Marajó), de Dom José. Todos aqueles que conhecem a Prelazia do Marajó saem da luta incansável que temos para que possamos olhar cada vez mais com amor, responsabilidade. O gestor municipal deve ser mais digno de receber o dinheiro e colocar naquilo que deve ser colocado. E olhar por aqueles que estão abandonados, que não têm o conhecimento, por aqueles que clamam por uma saúde digna, uma vida digna, um crescimento de seus filhos com dignidade”.

Iranilda destacou a campanha feita pela Prelazia do Xingu para arrecadar recursos para confeccionar filtros caseiros (feitos de baldes) para os ribeirinhos. “Temos os relatos de muitas famílias de que isso veio minimizar a problemática da saúde de seus filhos, que todo o tempo viviam com diarreia e vômito. Um filtro caseiro, com certeza, não vai resolver o problema do meu povo, mas vai ajudar um pouquinho para que aquelas crianças não sintam dor de barriga, não se acabem por causa diarreia e vômito, para as quais, em pleno século 21, estamos perdendo crianças. Sem dizer que é muito dolorido pra nós, cristãos, enquanto Igreja, ver a vida de uma criança perdida por algo que já deveria ter sido evitado”. Ela completou: “São anos e anos de luta. Eu, Iranilda estou há seis anos de missão na prelazia do Marajó. E só vejo história que não tem final. Só promessas que não são cumpridas. Todo ano se fala para o povo que vai endireitar a água e não se cumpre. E as minhas crianças e idosos sofrendo”. Alguns dos hospitais daqueles nove municípios que fazem parte da Prelazia do Marajó “são precários em aparelhos, em profissionais. Tem municípios onde perdemos crianças porque não têm um aparelho para bater ultrassonografia para fazer como está o bebê. Tudo por causa da malária. Não tem uma sala de cirurgia. Nesse caso que eu acompanhei, tivesse o aparelho de ultrassom e uma sala de cirurgia, a criança, que se chamaria Vitória, estaria viva”, acrescentou.

Continuou Iranilda: “Nas nossas visitas domiciliares, tanto na famíia das crianças quanto dos idosos, um dos problemas sociais é a violência sexual. Violência que, muitas vezes, nossas crianças têm que ficar caladas, sofrendo, aguentando a dor. Que humanos somos nós, de maior, que não podemos olhar no olhar de uma criança sendo vítima de uma violência e não denunciar e nem ajudar? Muitas vezes, nossos líderes vão até denunciar, mas, na maioria das vezes, não se encontra mais confiança nos órgãos competentes aos quais devemos recorrer. Sofremos, mas jamais desistimos da luta. Lutar sempre. Desistir, jamais. Um dia cada gestor, responsável pelo dinheiro público, há de deixar Deus agir no coração para fazer seu trabalho com competência e responsabilidade. Em especial as crianças e idosos, são pessoas indefesas e necessitam de nós”.

Prefeito rechaça afirmações da Sespa e diz que é “cômodo” apontar culpados

O prefeito de Bagre, Nilson Farias, não aceita que a Sespa responsabilize os municípios pelo aumento do número de casos de malária, sobretudo no Marajó. “É cômodo apontar culpados neste momento, se esquivando de suas responsabilidades. Mas vale lembrar que a gestão da saúde é tripartite, de responsabilidade dos três entes federativos (União, Estado e Município), e nós estamos fazendo a nossa parte, apesar das dificuldades e falta de suporte”, disse.

Segundo ele, “todo o trabalho de combate a malária é muito oneroso em nossa região, principalmente pela logística. Por isso, ao integrarmos o Comitê Emergencial de Combate à Malária no Estado, formado pelos municípios de maior incidência da doença e Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), reivindicamos a necessidade de um maior aporte do Estado e da União”. Ele também destacou as medidas que já foram colocadas em prática em Bagre: sistema transparente e atualizado em tempo real (“Bagre não esconde os números e mantém um sistema 100% atualizado”, afirmou); aumento das equipes e das ações de bloqueio, identificação e tratamento; revisão do laboratório e compra de novos equipamentos; capacitação de novos agentes e microscopistas; investimento em embarcações (barco e voadeira) para as ações na zona rural do município; solicitação de medicamento e mosquiteiros impregnados; e estudo entomológico para identificar os horários em que os mosquitos estão em maior incidência. O prefeito fez essas afirmações em uma rede social.

Secretária de saúde de Bagre, a enfermeira Isabela Mesquita disse que os casos da doença começaram em novembro de 2016 nos municípios vizinhos - Breves, Curralinho, Anajás, entre outros. “Até então, Bagre, uma ilha rodeada dos municípios vizinhos, não apresentava caso nenhum de infestação por malária. No início, não tivemos conhecimento do surto nos municípios vizinhos. E aí Bagre começou a apresentar essa infestação. Os casos realmente aumentaram de uma forma muito rápida”, afirmou. “Quando assumimos a secretaria (há um ano e seis meses), tínhamos um quantitativo de pessoal que trabalhava na parte endêmica pequeno. Mas, logo que a gente viu o aumento dos casos, foi, primeiro, duplicada e depois triplicada a equipe de endemias. Tínhamos um microscopista, que faz o diagnóstico da malária. Conseguimos, por meio da Sespa, a capacitação de mais seis microcopistas tendo como começar a fazer a identificação e o tratamento e o bloqueio dos casos de malária no município”.

Ela explicou que o protocolo do Ministério da Saúde é o bloqueio, utilizando o mosquiteiro impregnado. Mas, nesse período também, houve a falta de mosquiteiro. “A gente também teve esse problema do mosqueteiro chegar ao município de Bagre. Não tinha como fazer esse bloqueio. A gente ia para as ações, fazia a identificação, fazia o tratamento, mas não tinha como bloquear por falta de mosquiteiro. Também tivemos, em um período, a falta de medicamentos. Os casos aumentaram de uma forma tão grande que chegou a faltar esse repasse de medicamento. O medicamento do Ministério (da Saúde) vem para o Estado e, deste, para a regional de saúde, que distribui para os municípios afetados. E o quantitativo de remédio que a gente pede é referente ao ano anterior. Pra eu pedir maio, eles fazem um comparativo com os casos registrados em maio anterior, quando a gente não tinha casos. Isso dificultou um pouco. Chegou um momento em que a gente pedia de 15 mil a 20 mil comprimidos e recebíamos cinco mil. Já chegamos a pedir 15 mil e receber 2.500. Não dava para fazer o tratamento por muitos dias. Dava cerca de uma semana no máximo”, afirmou.

Isabela Mesquita disse que Bagre foi um dos únicos municípios em que o Sivep, o sistema de informação de casos de malária, esteve atualizado desde o início. “Desde janeiro de 2017, Bagre é ativamente atualizado no sistema. Os casos que a gente têm hoje, se não der para serem inseridos no sistema hoje ainda, no máximo amanhã estará inserido no sistema. Quando Bagre atingiu o pico, o primeiro colocado em casos de malária, eles esqueceram de dizer que os demais municípios tinham atraso de meses de digitação dessas informações. Na verdade, não se sabe se é verídico ou não se esse quantitativo realmente o maior, porque as informações não estavam devidamente atualizadas”, afirmou. “Hoje, a gente já está conseguindo combater essa doença. Em comparativo ao ano anterior, a gente já tem uma diminuição de 60% a 70% de casos”, completou
Por: ORM

S.SEBASTIÃO DA BOA VISTA: Seminário vai debater segurança alimentar e saúde pública.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio da promotoria de Justiça do município de São Sebastião de Boa Vista realizará, na próxima quarta-feira, 13, o "I Seminário de Segurança Alimentar e Saúde Pública", no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

O seminário tem objetivo de dar continuidade às ações do plano de atuação da promotoria de São Sebastião da Boa Vista, voltadas à atenção da saúde pública do município, em especial à problemática da comercialização de alimentos nas feiras livres em desacordo com as normas de vigilância sanitária, bem como a ocorrência de grande quantidade de animais soltos pelas ruas, contendo sinais característicos de doenças infecto contagiosas.

O evento contará com a participação de representantes da Secretaria e Saúde Pública do Pará (Sespa), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), além de um médico veterinário do município e da médica veterinária do Grupo de Apoio Interdisciplinar do Ministério Público (GATI/MPPA), que realizarão diversas palestras de orientação e esclarecimento à população local. Também contará com a participarão do Prefeito Municipal; do Secretário de Administração e Finanças; Secretária de Saúde e de outras autoridades.

O seminário será aberto ao público e gratuito. No período da manhã será trabalhada a temática das zoonoses, e o período da tarde será direcionado aos profissionais e comerciantes que atuam nas feiras livres, objetivando orientar os manipuladores de alimentos sobre os direitos e deveres no campo da segurança alimentar.

A promotoria de Justiça contou com o suporte do Grupo de Apoio Interdisciplinar do Ministério Público GATI/MPPA para a idealização e organização do evento, por meio da médica veterinária Maria do Carmo Andion, que após a realização de vistoria técnica no município, no ano de 2017, identificou as problemáticas vivenciadas pela localidade, possibilitando o planejamento das ações a serem adotadas pelo Ministério Público, sendo a concretização do seminário uma medida inicial de caráter educativo e preventivo ofertada à população.

Texto: Isabelle Portal
Revisão: Ellen Vaz
Por: MPPA

Marajó registra 20 mil casos de malária.

Marajó registra 20 mil casos de malária

Sespa diz que a cada dois anos prefeito troca agentes de saúde
Os casos de malária aumentaram mais de mil por cento em Bagre, no Marajó, onde há 20 mil casos da doença. De janeiro a abril do ano passado, houve 211 registros de malária naquele município. Este ano, no mesmo período, foram 2.524 ocorrências, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Até 2015, os casos de malária vinham caindo no Estado, de 183.646, em 2010, para 11.266 em 2015. Em 2016, houve 14.495 casos e até janeiro de 2017 foram 36.382, com prevalência em Bagre, Anajás, Breves, Curralinho e Portel.

Diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso diz que, no Marajó, “esses casos, infelizmente, já eram problema anunciado, porque os gestores municipais não atuam diretamente como deveriam. A cada dois anos, mudam os agentes, temos que capacitar pessoas de novo e a vigilância que havia não tem mais. Se deixa de trabalhar na saúde, principalmente endêmica, porque o prefeito pede para deixar de lado e não pode deixar a saúde de lado”, afirmou. “Nesse caso da malária, estamos com 90% do Estado lá, com as regionais que formam o bloco na ilha do Marajó. Então, todos os municípios têm a presença do Estado dando treinamento, que é nossa responsabilidade maior, para microscopistas, agentes que atuam na malária, além de entregar mosquiteiros às pessoas”, disse.

Bernardo diz que o tratamento simples de malária custa R$ 2 mil por pessoa. “E tenho hoje, na ilha do Marajó, cerca de 20 mil casos da doença. Queremos baixar em pelo menos dois a três mil casos este ano. O aumento ocorreu devido à falta de vigilância nos municípios. O município tem responsabilidade com a atenção básica, porque recebe dinheiro para isso. Temos agentes de saúde pagos pelo Ministério, mas, muitas vezes, o agente não está lá. Às vezes, ele diz o que ocorre, mas a secretaria não notifica e o Estado fica sem saber”, afirmou.

Ele informa que o Estado está presente em todos os municípios da região, especialmente nos sete que correspondem a 86% dos casos de malária no Pará. “Ninguém morreu da doença. Temos pessoas, barcos e voadeiras garantidos pelo Estado desde o início de 2017. A meta é diminuirmos os casos em no mínimo 50%, embora não seja fácil. Se os municípios nos ajudarem a gente consegue. Hoje, o Pará está em 3º ou 4º lugar em malária no Brasil”, afirmou.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagre, Maria José, 49 anos, nasceu e se criou no município. Em abril deste ano, ela e o marido tiveram malária e continuam em tratamento. “Os casos aumentaram a partir do ano passado”, disse ela, ao informar que não há registros da doença na sede do município, mas na zona rural. “Tem gente que já pegou até cinco vezes. Houve comentários de que morreram dois jovens. Mas, oficialmente, não temos essa confirmação”, disse.

Maria José sente dor no fígado, queimação e inchaço. “Na fase dos sintomas, dor de cabeça, tremor, febre”, relata. Ela diz que toma a medicação, mas sente muita fraqueza no corpo. “A gente fica sem poder se alimentar direito, por causa do fígado. Não pode comer farinha, açaí, que é a comida que a gente está acostumado a comer, pois somos marajoaras. Por isso, ficamos fracos”, afirmou. Maria José  viaja muito para a zona rural, por causa de suas atividades sindicais, mas não sabe onde contraiu a doença. “Existem ações da secretaria de saúde. Eles vão nas comunidades, orientam as famílias, fazem coleta, levam lâmina, e, quando as pessoas estão doentes, dão medicamento. Bagre teve alguns anos aqui e acolá. Mas, de 2017 para cá, aumentou. Eles dizem que é o carapanã (que transmite)”, afirmou.

Transmissão

A transmissão da malária pode ser contida pelo uso do mosquiteiro, que impede o mosquito infectado de picar a pessoa. O mosquiteiro impregnado com inseticida evita a contaminação, porque o mosquito fica mais ativo entre 18h e 6h. “Descobrimos que a malária se pega a partir das 22, até 6 horas, porque as fêmeas que têm o plasmódio e que transmitem a doença chegam por volta das 2 horas da madrugada. A vida dela é de 45 a 65 dias. Não existe vacina no mundo para o protozoário. Há certa resistência da população no Marajó em utilizar os mosquiteiros e pedimos apoio da Prefeitura para ajudar na conscientização das pessoas”, diz Bernardo.

Os sintomas da doença são dor de cabeça, febre, dor no corpo, nas juntas e isso vai aumentando. “Tem que procurar imediatamente o agente de saúde. A doença tem cura em 100% e 99% dos casos são tratados em casa. O tratamento hospitalar é indicado para casos graves, causados pelo plasmódio falciparum. O tratamento conta com medicamento específico, que não está em falta. “Não temos imunidade para a doença e se pega muitas vezes”, disse Bernardo Cardoso. Quem estiver em área de floresta, com esses sintomas, há grandes chances de ser malária e deve se buscar atendimento. “Por isso, é importante a vigilância em saúde, porque o agente é o sentinela da população e deve comunicar logo o caso para o município e este ao estado. O clima atual da região pode levar ao aumento nos casos de malária, principalmente entre os meses de agosto, setembro e outubro”.

Doze horas de barco para tentar marcar consulta

“Só não desisto por causa da minha filha”. Depois de 12 horas de viagem de barco, Rosana dos Santos Rodrigues, 27 anos, desembarcou em Belém,de Portel, no Marajó, para tentar marcar consulta para a filha. Aos 3 anos, Eliana é epiléptica. Dona de casa, Rosana é mãe de cinco meninas e um garoto. O menino, de seis anos, tem problemas cardíacos. Um pastor e vereadores de Portel conseguiram o dinheiro para a viagem - a passagem de barco, ida e volta, custa R$ 180,00. Ao desembarcar em um porto na avenida Bernardo Sayão, em Belém, na manhã de sexta, ela só tinha o dinheiro da volta. Tomou café na embarcação. Ela tentaria marcar a consulta no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas (Cemo), da Prefeitura de Belém, na avenida Almirante Barroso, no Marco. Assim que terminasse a consulta, dependeria novamente da ajuda de outras pessoas para retornar ao porto e embarcar para Portel, onde ficaram o marido, que vende churros, e os filhos.

Rosana disse que, no começo, sua filha Eliana era atendida em Breves, no Marajó. Mas a recomendação médica é que ela fosse tratada em Belém. No mês passado, pela primeira vez, ela viajou à capital com a filha. “É muito difícil, lá. quando é mais grave, eles encaminham (os pacientes) para cá”, contou ela, que saiu de Portel às 16 horas de quinta-feira. Ela contou que, às vezes, vai no posto de Portel e não tem médico. “Aí, fica difícil. Quando ataca (a epilepsia) nela, que é bebezinha, a gente leva no hospital, mas, às vezes, não atendem ela. Me sinto humilhada”, disse Rosana. Ela contou que há remédios prescritos para sua filha, mas que não são encontrados nem em Portel e nem em Breves. “Às vezes, dá crise nela. Mas, quando tem o medicamento, demora pra dar crise. Tem uns três meses que ela não dá (a crise), graças a Deus”, contou. Paulo, de 6 anos, o que tem problema cardíaco, tem se queixado que “dói muito” seu peito.

O tratamento dele é em Macapá, onde nasceu. Rosana e o marido moravam, antes, naquela cidade. Mas ela nasceu em Portel. “Quando ele (Paulo) nasceu, já descobriram e começaram o tratamento logo. De Portel para Macapá é a mesma distância quase para Belém. Tá com um ano que não consigo fazer o tratamento dele, porque é difícil. É a mesma dificuldade”, contou. Rosana tem uma irmã de 29 anos que está no oitavo mês de gestação e está com malária. “Dia 27 agora vão tirar o bebê dela porque ela não pode chegar aos nove meses. Todos os bebês dela são tirados”, contou, acrescentando que, apesar dos problemas na gestação, sua irmã é mãe de três filhos. “Ela faz o tratamento no hospital, em Breves mesmo, e volta pra casa dela”, disse. Rosana, que foi de carona no carro da reportagem até o Cemo, na Almirante Barroso, pretendia embarcar às 18 horas de sexta-feira para Portel, onde também a aguardavam os demais filhos - Ana Paula , 4 anos, e Nair, de 8.

Por ORM

Eleições 2018


Márcio Miranda anuncia pré-candidatura ao Governo do Estado pelo DEM
Atualmente ele é presidente da Assembléia Legislativa do Pará, e já exerce o cargo de deputado estadual há cinco mandatos consecutivos.
O deputado estadual Marcio Miranda teve a pré-candidatura ao Governo do Estado anunciada Pelo Democratas (DEM), em cerimônia na quinta-feira (7). Ele é médico formado pela Universidade Federal do Pará. Atualmente ele é presidente da Assembléia Legislativa do Pará, e já exerce o cargo de deputado estadual há cinco mandatos consecutivos.
"Nós vamos trabalhar firme pela segurança pública. Vamos trabalhar firme pelo social. Vamos ter o maior programa social que o Pará já viu. Vamos investir no microcrédito no mínimo R$ 100 milhões por ano para gerar emprego para a juventude e para o homem do campo, a fim de diminuir as tensões sociais", disse o pré-candidato.
Por G1 Pa


Prova Objetiva do concurso da Seduc será No dia 24 de junho.


Prova Objetiva do concurso da Seduc será No dia 24 de junho.
Foi divulgada no Diário Oficial desta terça-feira, 5, a nova data de aplicação da prova objetiva do concurso C-173, da @SeducPara, que foi adiada por conta da greve dos caminhoneiros. As provas serão aplicadas no próximo dia 24 de junho, domingo. bit.ly/2JmmE1f

Conselheiro tutelar: você sabe as funções de quem ocupa esse cargo?

 No próximo domingo (1º) serão escolhidos, em eleições, cerca de 30 mil conselheiros tutelares em todo o país. São eles que devem garantir o...